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Na obra O Príncipe de Nicolau Maquiavel, o Homem é encarado segundo uma nova perspetiva.
Este conselheiro político, dos inícios do século XVI, exprimiu as suas ideias sob a forma de um comentário à obra historiográfica do autor latino Tito Lívio, não deixando de seguir a sua conceção de História. As fontes históricas foram valorizadas e selecionadas consoante o seu valor e o método histórico aperfeiçoado.
Tudo isto se insere no espírito do Renascimento, que pôs fim à história providencialista e apocalíptica da Idade Média. O maravilhoso foi excluído, mas permaneceu o carácter pragmático da História.
Para Maquiavel e outros historiadores do Renascimento, o homem é um ser com paixões e impulsos que determinam a evolução dos acontecimentos.
No entanto, a própria conjuntura político-económica do Renascimento favorecia o alargamento do campo da História, que é agora também pedagógica e fonte de exemplos. Os príncipes procuram rodear-se de alguns historiadores como meio para formar os políticos e para a sua propaganda pessoal, tornando-se, assim, a História num instrumento de poder.
Ao mesmo tempo, como o Estado revela cada vez mais interesse pelo desenvolvimento e acumulação da riqueza, os historiadores abordam cada vez mais factos económicos e sociais.
Uma vez secundarizada a feudalidade, a partir da baixa Idade Média funda-se o Estado moderno.
A Inglaterra, a França e a Espanha surgem, nos finais do século XV, como monarquias novas, isto é, conjuntos políticos bastante sólidos, assentes num consenso nacional, centralizados e sem quaisquer outros limites que não os constitucionais, morais e religiosos à autoridade do rei sobre os súbditos. Nascia uma nova conceção de Estado na Época Moderna.
O absolutismo régio, de direito divino, como na França dos Valois e na Espanha dos Habsburgos, e de facto como na Inglaterra dos Tudor, fazia do príncipe um verdadeiro imperador.
Neste contexto assume grande importância a obra de Maquiavel, através da qual este propõe

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