Freud e a sexualidade infantil
As descobertas de Freud sobre a sexualidade infantil provocaram grande espanto na sexualidade conservadora do final do século XIX, visto que até esta época a criança era vista como um símbolo de pureza, um ser assexuado.
Ao longo dos tempos, a sociedade vem, pouco a pouco, familiarizando-se e compreendendo as diferentes formas de expressão da sexualidade infantil.
Sexualidade esta que evolui, segundo Freud, de acordo com etapas de desenvolvimento que ele denominou de fase oral, anal, fálica, latência e genital.
Embora as características de cada uma destas fases estejam amplamente difundidas nos meios de comunicação, de tal forma que os pais possam reconhecer as manifestações desta sexualidade em seus filhos, persiste ainda muitos equívocos na forma como eles lidam com esta questão.
É comum encontrarmos pais que se espantam ao se defrontarem com seus filhos a masturbarem-se, ou que explicam com meias verdades as clássicas perguntas infantis sobre a origem dos bebes.
A sexualidade é reconhecida como um instinto com o qual as pessoas nascem e que se expressa de formas distintas de acordo com as fases do desenvolvimento que são: (1) Fase Oral - do 0 aos 12 meses
- A Principal fonte de prazer é a boca
- Sente satisfação na amamentação
- Comportamento oral incorporativo: Ingerir
- Comportamento oral agressivo: Morder e Cuspir
(2) Estádio Anal - dos 12/18 meses aos 3 anos
- A criança passa a adquirir o controlo dos esfíncteres
- A zona de maior satisfação é a região do anus
- A criança aprende que pode controlar as fezes
(3) Estádio Fálico - dos 3 aos 6 anos
- A atenção da criança volta-se para a região genital
- Interesse em examinar e manipular o seu próprio órgão sexual
- Comportamentos de masturbação e fantasias
- Fase extremamente ligada ao complexo de Édipo (o rapaz tem um desejo inconsciente pela sua mãe, um anseio de substituir ou destruir o pai. Para reprimir este desejo sexual que sente