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Vitória: a cidade, seus vazios, seus significados
Fabiano Dias sinopses como citar
DIAS, Fabiano. Vitória: a cidade, seus vazios, seus significados. Minha Cidade, São Paulo, ano 03, n. 028.01, Vitruvius, nov. 2002 .

O Porto de Vitória, alvo de propostas (e promessas) de uma requalificação urbana [www.vitoria.es.gov.br/turismo/escotporto.htm]

Neste ano que se completou o primeiro aniversário do fatídico 11 de setembro e a total destruição das torres gêmeas do Wolrd Trade Center nova-iorquino, nos perguntamos, ao vermos as inúmeras propostas apresentadas por arquitetos do mundo inteiro ao vazio deixado por esta insanidade, se não seria este mesmo vazio a resposta arquitetônico-urbanística mais apropriada (para não se dizer, a mais lógica) ao simbolismo do ato em si? Ou seja, se não seria mais válido e mesmo em respeito às inúmeras vidas perdidas, a efetivação de uma proposta onde o lugar destruído das antigas torres fosse mantido como um memorial ao céu aberto, um espaço de contemplação ao invés das imposições financeiras (e sem a mínima sensibilidade e criatividade) que estão repetindo a fórmula anterior de ocupação das antigas torres como mera substituição do que (materialmente) foi destruído.
Em nossas cidades que viveram nas últimas décadas um crescimento urbano descontrolado, onde os espaços foram sendo ocupados sucessivamente e seus limites se diluíram no horizonte, a falta de espaços vazios, de áreas urbanas não edificadas e ocupadas pelo concreto e o vidro está se tornando uma constante claustrofóbica contemporânea. Áreas pouco edificadas como praças, parques, largos ou mesmo áreas não ocupadas ou abandonadas e esquecidas pelo Capital, se solidarizam como respiros visuais à massa excessivamente construída de nossas cidades. Podemos dizer que a relação entre cheios e vazios em uma cidade se iguala e se faz tão importante quanto em uma obra de arte, quando quer o artista faze-la compreensível e assimilável.
As “terras vagas”
Dentro do

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