Francesco Carnelutti "Como nasce o direito"

Francesco Carnelutti
“Como nasce o direito”
ED. Líder, B. Horizonte, 2001 2ºEd.

DIREITO E MORAL
O terreno da economia é muito egoísta, tanto egoísmo dos homens, quanto egoísmo entre os povos, criando então o reinado da desordem. Para por ordem ao caos que a economia gera deve-se substituir o egoísmo pelo altruísmo, gerando o reinado do tu em que o principio é a moral. Uma formula clara para resolver isso é o amor ao próximo. Quem tem dá aquele que não tem por vontade própria, assim que recebe fica feliz e corresponde com amor, pondo fim a guerra. Desse mesmo modo que o amor resolve os conflitos de interesses humanos não se precisa da força para constrangê-los. Portanto a moral pode ser considerada como o reinado da liberdade. O amor ao próximo quer dizer identificar-se como ele, igualá-lo a si mesmo, tendo isso como meta pessoal e a de um povo, exceto alguns indivíduos privilegiados, mas é um processo que dura muito tempo. A necessidade de eliminar a guerra é imediata, portanto colocar ordem no caos a qualquer custo. Por isso deve-se encontra algo na economia que consiga os mesmos efeitos da moral. Esse sub-rogado da moral é o direito. Pode-se dizer quem tem não dá a quem não tem, antes de criar um conflito, alguém tire de quem tem e de os que não têm, mas quem seria?
Nas sociedades sempre há alguém privilegiado, estes exercendo a função de chefe. A sociedade tem um chefe pelo mesmo motivo que o corpo tem uma cabeça, o chefe capta e entende mais que os demais.
O chefe compreende que devemos eliminar a guerra. Com um jogo de palavras que se esclarece como eliminar a guerra entre os seus para fazer a guerra contra os demais. A história, incluindo a pré-história, demonstra que a guerra deslocava-se dos indivíduos para os povos. O império romano fazia guerra contra os demais povos e conquistava uma boa parte do mundo, e tinham necessidade da ordem interna. Se não tivessem unidos em acordo não conseguiriam se impor aos demais povos.
O preceito é