França às vésperas da revolução

Crise
A França às vésperas da Revolução

A Revolução Francesa ficou caracterizada como um movimento que contou com a participação de vários grupos sociais, inclusive a população pobre das cidades, os pequenos produtores e comerciantes e os camponeses explorados pela servidão. Já no final de um longo processo, foram extintos os privilégios da nobreza, porém o grupo que tomou poder, ou seja, a burguesia adquiriu os privilégios pelo poder econômico.

Sociedade

Em 1798, a França era o país mais populoso da Europa Ocidental, tendo aproximadamente 25 milhões de habitantes. Ela estava dividida em três ordens ou estados: o clero (primeiro estado), a nobreza (segundo estado) e o resto da população e burguesia (terceiro estado). Essas ordens dividiam-se em grupos, e em muitas vezes, rivais. Primeiro Estado: constituído pelo clero e composto por 120 mil pessoas, dividindo-se em baixo clero, que reunia bispos, abades e cônegos de família nobreza e o alto clero, que era composto de sacerdotes pobres, geralmente responsáveis pelas paróquias carentes. Segundo Estado: constituído pela nobreza e composto por 350 mil pessoas, dividindo-se em nobreza cortesã (composta por 4 mil pessoa que viviam no palácio de Versalhes), a nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior à custa dos pagamentos cobrados pelos camponeses) e a nobreza de toga (formada por burgueses ricos que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos. Terceiro Estado: constituído pela grande maioria da população, contando com mais de 24 milhões de pessoas em diversos grupos sociais. Entre eles os camponeses (trabalhadores rurais submetidos a diferentes formas de trabalho), os Sans-culottes (camada social urbana, concentrada em Paris, contando com assalariados, aprendizes de ofício e desempregados marginalizados), a pequena burguesia (pequenos comerciantes), a média burguesia (profissionais liberais como médicos, advogados e comerciantes) e a alta