Formação teológica e a espiritalidade da atualidade

Formação teológica e a espiritualidade na atualidade

Para a formação teólogica a expressão “viver é interpretar” significa muito, pois para se compreender a realidade humana e a histórica, deve haver um discernimento das formas religiosas e culturais, para que assim possa se compreender o que elas nos mostram ou até mesmo o que elas nos ocultam, nunca se esquecendo que temos que ter como fonte principal para essa compreenção a Bíblia e principalmente o dom gratuíto de Deus, pois é Ele quem dá sentido e significado último para a humanidade é para o cosmo. A Teologia deve ter um caráter espiritual, porque a espiritualidade é a uma forma de viver e dentro deste círculo hermenêutico que a vida nos apresenta, deve-se ter uma interpretação que oriente a reflexão teológica, pois é através da vivência da fé que descobrimos o sentir. Então, será através do encontro humano com a Presença Espiritual, como afirma Paul Tillich, que vai mobilizar e direcionar a realidade transcendente da vida, imperativo último para um processo efetivo de humanização, de realização da justiça e da manifestação do amor, pois é esta abertura existencial que vai condicionar as compreensões da vida, da bíblia, da tradição e do agir humano. Em nosso cotidiano podemos observar vários exemplos de uma espiritualidade de resultados, mesmo no meio de tantas diversidades de religiões e culturas existentes no contexto latino-americano como é no caso das Igrejas históricas que tem suas experiências nas expressões de gratuidade próprias da espiritualidade bíblica e que infelizmente não são bem favorecidas, devido sua vivência ser marcada por artificialismo e exclusivismo. Temos também a espiritualidade própria do moralismo pietista e de uma ética restritiva (teologia da retribuição) que então se mistura a outra espiritualidade de resultados tão vista na realidade de nossas igrejas, tanto das católicas como das evangélicas, tais como: gravar discos, fazer shows, ascender socialmente