Formação de leitores

Universidade Federal de Santa Catarina
Centro de Ciências da Educação
Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica
Turma B Pólo: Criciúma – S.C. 17 de julho de 2013.
Professora: Lucena Dall’Alba Professora Formadora: Graciele Silva Belolli
Pós-graduanda: Araceli Frasson Damasio Coimbra

AS MEMÓRIAS LITERÁRIAS NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR LEITOR E SEU PAPEL ENQUANTO MEDIADOR DE LEITURA. A leitura e a escrita me completam. Sempre foi assim, desde muito tempo. Recordo-me da Educação Infantil, final da década de oitenta, apenas pelo fato de que a professora – que não consigo recordar quem era – apresentava gigantescos livros de historias, dos quais saltavam personagens mágicos. Conforme Brandão e Rosa (2005, p. 46): [...] desde cedo as crianças na creche e na escola parecem ter contato com contos de fadas, lendas da cultura popular, fábulas, histórias lidas em livros escritos para crianças, contos que os (as) professores (as) ouviram em sua infância, histórias reproduzidas em livros didáticos… Hoje estes livros são comuns, pode-se encontrá-los em qualquer banca, e fazem parte do cotidiano das crianças – meu filho de dois anos possui vários - porém naquela época isso era realmente extraordinário. Com o passar do tempo fui descobrindo que também podia realizar a leitura daqueles livros repletos de seres insonháveis e assim fui me apaixonando pelo fantástico mundo do ler e escrever. Observava, de vez em quando, minha mãe rabiscando um caderninho de arame. Após algum tempo em silencio, ela chamava nós duas (eu e minha irmã) e lia o que havia escrito. Normalmente era um poema, uma história infantil eu parafraseava um clássico ou a paródia de uma música atual. Corroborando precisamente com esta fala, Dietzsch (2004, p. 380) menciona: “[...] fui descobrindo que o silêncio pode ter o sentido de muitas falas: é o tempo de cada um, tempo para a reflexão, para a organização do pensamento”. Sentia isso sempre que percebia minha mãe