Fontes garretinianas

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Português

Fontes do Drama Garrettiano

Históricas

Frei Luís de Sousa consiste numa peça cuja motivação histórica tem sua origem na figura de Manuel de Sousa Coutinho, escritor e sacerdote português, que viveu entre 1555 e 1632.
Este era Fidalgo de Linhagem, herdeiro das subtis virtudes de um pai, cuja presença e gravidade eram tão dignas de respeito que "até mesmo o Rei se compunha" quando com ele falava.
Manuel de Sousa Coutinho entrou para noviço na "Religião de São João no Hospital de Malta", mas foi antes de professar que os Turcos o tomaram em cativeiro. Resgatado algum tempo depois, após vicissitudes várias, regressa à pátria e casa com D. Madalena de Vilhena, de quem tivera três filhos, "viúva de poucos anos de D. João de Portugal", que ficara na batalha de Alcácer em África, "servindo, e seguindo a El-Rei D. Sebastião”.
Verificando-se, aqui, a primeira fuga ao pendor histórico que enforma o drama garrettiano.
Do relato histórico, Garrett explorou, sobretudo, a situação que enformava um triângulo amoroso e que, por razões sociais, morais e religiosas, viria a revelar-se insustentável.
O conflito dramático aqui decorrente, âmago de toda a problemática, desenlaça-se provavelmente entre 1599 e 1600, num período em que Portugal se encontrava sob o domínio filipino, época durante a qual Portugal e Espanha foram governados pelo mesmo rei na chamada União Ibérica. Ainda que o ano preciso em que a acção do drama se passa não seja explicitado no texto, pode-se deduzi-lo, visto que os acontecimentos se desenvolvem aproximadamente 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir, ocorrida em 1578. Pelo que a resistência ao invasor foi a vertente que Garrett valorizou como enquadramento histórico-político do conflito principal.

Segundo a tradição registada na biografia de Frei António da Encarnação, ambos os cônjuges entraram na ordem dominicana em 1613 devido ao inesperado regresso de D. João de Portugal.

D. Madalena de Vilhena e Frei Jorge, em

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