Folículos ovarianos em peixes

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
UNESP

Folículos ovarianos de peixes

02 de Abril de 2013

Amanda Carolina Paulino de Oliveira
Gabriela de Almeida Leonardi

Ao que se sabe do desenvolvimento do folículo ovariano de vertebrados, destaca-se a foliculogênese como um processo presente em diversas espécies; depende da ação coordenada do oócito e das células somáticas circundantes.
Em peixes, há estudos aprofundados devido ao fato do epitélio germinativo das fêmeas ser permanente durante toda a vida reprodutiva. Faz constante a gametogênese, fonte de renovação das células germinativas e somáticas, diferente dos mamíferos.
Segundo Grier (2000), a descrição do epitélio germinativo de fêmeas relata que a oogônias apresentam uma distribuição descontinua no epitélio germinativo que forma as lamelas ovaríneas [1].
No epitélio, uma única ovogônia pode se proliferar, formando um aglomerado por mitose, ou entrar em mitose. Estas entram em mitose e formam oogônias nos ninhos, posteriormente entram em meiose tornando-se oócitos.
Estudos recentes (Parenti & Grier, 2004) reconhecem o epitélio germinativo como uma constante entre os vertebrados. Esta constante tornou-se útil na compreensão e interpretação da foliculogênese e das etapas de desenvolvimento dos oócitos entre os peixes teleósteos, e sugere uma nomenclatura baseada em homologia (Grier et al., 2009)
Foi evidenciada através de análise comparativa a similaridade entre as espécies de peixes estudadas. Na primeira fase, foram mais abundantes as células germinativas com oogônias e oócitos em prófase em diferentes estágios, evidenciando grande produção de células somáticas e germinativas nesse período inicial.
O desenvolvimento folicular do ovário de fêmeas de peixes pode variar. Resultados observados por estudos realizados em fêmeas adultas da espécie Brycon orbignyanus, popularmente conhecida como Pirajuba, revelaram novas características. Os ovários dessa espécie apresentam quatro