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São Tome e Príncipe antes e depois:
Massacre de Batepá: A incompreensão e a brutalidade de que se revestiam algumas fases do Governo de Gorgulho, que exercia em acumulação de cargo de Administrador do concelho com o de Comandante do Corpo de Policia indígena, justifica a brutalidade das rusgas em busca de mão-de-obra barata ou gratuita. A finalidade não era apanhar os vadios e os indocumentados, mas todos os que caíssem nas malhas da perseguição. Era impossível saber quem era vadio e os que pacificamente se empregavam nas casas mais abastadas da cidade. Os homens não tinham culpa de não possuírem os necessários documentos, uma vez que os serviços de identificação não se encontravam devidamente organizados.
A 3 de Fevereiro de 1953, deu-se os acontecimentos que ficaram conhecidos como Massacre de Batepá. Agitando o perigo de uma conspiração comunista, visando criar um governo dos nativos de S. Tomé, o governador Carlos Gorgulho fomentou uma onda de repressão que resultou num número ainda hoje indeterminado de mortos.
Muitos foram abatidos a tiro, em verdadeiras caçadas levadas a cabo por milícias de voluntários. Alguns foram queimados. Outros morreram asfixiados em celas demasiado pequenas para o número de presos que continham. Muitos foram sujeitos a trabalhos forçados na praia de Fernão Dias. Um dos castigos consistia em «vazar o mar»: presos com correntes, eram obrigados a entrar no mar para encher grandes selhas de água salgada, apenas para as despejar em terra, pouco depois.
Interrogados sob tortura, chicoteados, submetidos à utilização de uma cadeira eléctrica, os presos eram obrigados a confessar o seu envolvimento numa revolta que pretenderia matar o governador e os colonos, e distribuir entre si as mulheres brancas.
A independência: Em 1960, por influência do processo de descolonização no continente africano, surgiu um grupo nacionalista opositor ao domínio ditatorial português. Em 1972, o grupo dá origem ao MLSTP (Movimento de Libertação de

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