Florestan e sua interpretação do capitalismo

500 palavras 2 páginas
Questões preliminares de importância interpretativa

Capítulo 1

O autor se baseia na consolidação do capitalismo no Brasil para fundamentar sua obra, descrevendo desde a emergência até os limites da “Revolução Burguesa” brasileira. Por ser recente, a descrição histórica da sociedade burguesa brasileira, segundo Florestan Fernandes, ainda é interpretada etnocentricamente. A análise da Revolução Burguesa se compõe por diversos fatores e deve ser iniciada pelo significado dado à expressão que a nomeia: “Burguesa”. Muitas vezes, a burguesia é associada, erroneamente, à aristocracia agrária do período colonial brasileiro. Considera-se equívoco porque o burguês, na verdade, realizava suas atividades em busca de lucro. Em contraponto, os senhores de engenho se empenhavam no aproveitamento das terras, com o trabalho escravo, e na apropriação colonial, sendo controlados pela Metrópole. Contudo, ainda que tenha surgido tardiamente, durante o Mercantilismo, e de maneira distinta do burguês europeu, não teria fundamento a tese de inexistência do burguês brasileiro, pois este resultara no empresário moderno. Florestan aponta que no Brasil, a burguesia não tinha um caráter socialmente organizado, e sim um espírito revolucionário que ganhou forças com o fim do Pacto Colonial, o que possibilitou a formação e organização do Estado e de uma rede de serviços nacional, que acarretaria no desenvolvimento urbano. Dessa forma, a economia brasileira estaria livre da dependência escravista e abriria caminhos para o homem de negócios, capaz de obter lucro e empreender economicamente. A Revolução Burguesa descrita na obra, não representaria, então, um episódio histórico, mas um processo de organização e expansão dos interesses da burguesia pelo Brasil, adotados a partir da persistência e consciência social, em meio aos padrões econômicos, sociais e políticos. Florestan Fernandes diz que já se observava no período colonial o estabelecimento de um

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