Fissao digital

Fissão digital A palavra “meme” foi inicialmente usada em um livro do zoólogo Richard Dawkins para expressar “uma unidade de evolução cultural” que se propaga de individuo para individuo, ou pode também ser simplesmente chamada de “viral”. Um vídeo engraçado, uma frase mal colocada, um acidente, se cair no gosto dos internautas vira uma febre efêmera que contamina toda rede e em alguns instantes todos já estão falando do assunto. Com a popularização do Facebook e Tumblr, os memes cada vez mais fazem parte da rotina virtual, basta atualizar a pagina para se fazerem presentes e ilustrar situações ou expressões, mais do que sentimentos como os emoticons do Messenger, os memes expressam ações que podem ser resumidas por uma simples imagem, muitas vezes acompanha pelo humor, ou sátira a alguma figura pública, como é o caso da Xuxa, com o bordão “aham Cláudia senta lá”; mas os virais também são capazes de tornar completos desconhecidos em famosos como a Suelen e seu irmão que interpretarão “para nossa alegria” diante das câmeras e viraram celebridades. O poder de disseminação desses está na capacidade em que o expectador se identifica com a imagem, sendo um cumplice na divulgação da mesma, como um processo de fissão nuclear, em que uma partícula inicial libera as outras em um resultado explosivo, seria a metáfora perfeita para caracterizar o viral, que vai passando de pessoa em pessoa em uma reação em cadeia que resulta em um estrondo na internet. Assim como tudo na rede, cada meme tem sua data de validade, durando apenas até a próxima noticia gafe ou bordão que cairá no gosto dos internautas, seja descobrindo anônimos ou humorizando com os famosos, eles estarão cada vez mais presentes para ilustrar a vida cotidiana que se mostra desenhada em tirinhas de