Fisiologia
Aula 2
Os rins recebem cerca de 20% do débito cardíaco, ou seja, 1,25 L de sangue/minuto (FSR).
Em situação de exercício, o débito cardíaco para os rins diminui muito devido a mobilidade do mesmo para os músculos.
A regulação do fluxo sanguíneo renal se dá, principalmente, pela variação da resistência das arteríolas (aferente ou eferente). São três os sistemas responsáveis por essa variação:
Sistema nervoso simpático (adrenérgicas): enerva as arteríolas, porém é mais sensível na arteríola aferente. Responde aos hormônios noradrenalina, dopamina e adrenalina liberada pelas fibras nervosas adrenérgicas, promovendo a vasoconstrição das arteríolas.
Angiotensina II: potente vasoconstritor das arteríolas, porém possui mais ação na eferente.
Prostaglandinas (E2 e I2): são produzidas localmente no rim e são vasodilatadoras.
A auto-regulação do rim é feito de dois modos:
Teoria miogênica: um aumento na pressão arterial geraria um aumento do fluxo sanguíneo e pressão renal, e assim, o processo de filtração se tornaria ineficaz. Porém com o aumento da PA, ocorre uma maior distensão da arteríola aferente e os canais de Ca2+ de estiramento se abrem. Com a o influxo de cálcio, ocorre à contração da musculatura lisa do vaso, resultando em uma vasoconstrição do mesmo.
Balanço tubuloglomerular: com o aumento do fluxo sanguíneo, se tem maior oferta de soluto, assim, há mais NaCl pra ser captado pelas células da mácula densa. NaCl é captado, e esta captação gera ATP e adenosina. ATP e adenosina vão gerar contração, assim, o fluxo diminuirá.
A filtração glomerular é regida pelas forças de Starling e pelas características da barreira de filtração. A inulina é um marcador exógeno que serve para determinar o ritmo da filtração glomerular (RFG). A creatinina é um marcador endógeno. Quando ocorre uma vasocontrição na arteríola aferente, a pressão glomerular diminui e o fluxo sanguíneo glomerular e o ritmo de filtração também. Entretanto,