Finanças públicas

QUESTÃO 1
Para que a divida de um governo seja sustentável, o mesmo deve ter solvência compatível com os compromissos assumidos. A mudança da política fiscal refletida nos dados da questão foi a criação do Programa de |Estabilização Fiscal. Este programa impôs um regime de metas de superávits primários, metas de inflação e austeridade fiscal, gerando assim uma consistente redução do déficit nominal e estabilização e redução da relação divida/PIB. Este conjunto de medidas levou à sustentabilidade da dívida uma vez que visavam manter a solvência do governo e manter sob controle, variáveis como taxa de juros, inflação e cambio.
Caso ocorresse uma importante mudança nas taxas de juros, como por exemplo, uma volta aos níveis praticados em 1999, muito provavelmente haveria uma reversão na tendência de queda da dívida publica que seria impulsionada pelo encarecimento dos juros pagos aos credores.
Já as implicações, por exemplo, da elevação do crescimento do PIB seriam benéficas à evolução da dívida liquida, ceteris paribus, deveríamos ter tendência de queda na relação divida/PIB.
Por fim, analisando a possibilidade de uma mudança substancial na taxa de cambio, como por exemplo, em um cenário de depreciação do Real, a tendência seria de alta da dívida, uma vez que grande parte dos contratos junto a credores está atrelado ao dólar, o que tornaria mais caro honrar estes compromissos.

QUESTÃO 2
a) Após 1994, ano marcado pela implantação do Plano Real, a política fiscal passa por diversas mudanças importantes das quais podemos destacar:
- Política de elevação dos juros reais. Com a elevação da taxa de juros o governo controlava a demanda do mercado interno, o que mantinha a inflação sob controle. Os juros elevados atraíram também investimentos externos que auxiliaram na criação de reservas e incentivaram a dinamização da economia. Contudo a elevação dos juros traria um crescimento da dívida interna o que foi em parte minimizado pela valorização do cambio nos