Filosofia

4091 palavras 17 páginas
Liberdade e lei, autonomia e autodeterminacao. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as acções de um tal ser, que são conhecidas como objectivamente necessárias, são também subjectivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão, independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer, como bom. Mas a razão só por si não determina suficientemente a vontade, se está sujeita a condições subjectivas ( a certos móbiles) que não coincidem com as objectivas; numa palavra, se a vontade não é em si plenamente conforme à razão ( como acontece realmente entre os homens) então as acções, que objectivamente são reconhecidas como necessárias, são subjectivamente contingentes, e a determinação de uma tal vontade, conforme a leis objectivas, é obrigação; quer dizer, a relação das leis objectivas para com a vontade não absolutamente boa representa-se como determinação da vontade de um ser racional por princípios da razão, sim, princípios esses a que essa vontade, pela sua natureza, não obedece necessariamente. A representação de um princípio objectivo, enquanto obrigante para uma vontade, chama-se um mandamento ( da razão) e a fórmula do mandamento chama-se imperativo. Todos os imperativos se exprimem pelo verbo dever e mostram assim a relação de uma lei objectiva da razão para uma vontade que segundo a sua constituição subjectiva não é por ela necessariamente determinada ( uma obrigação). Uma vontade perfeitamente boa estaria portanto igualmente sujeita a leis objectivas ( do bem) mas não se poderia representar como obrigada a acções conformes à lei, pois que pela sua constituição subjectiva ela só pode ser determinada pela representação do bem. Por isso os imperativos não valem para a vontade divina nem, em geral, para uma vontade santa; o dever não está aqui no seu lugar, porque o querer coincide já por si necessariamente com a lei. Por isso os imperativos são apenas fórmulas para

Relacionados

  • A filosofia e as filosofias
    516 palavras | 3 páginas
  • filosofia
    19584 palavras | 79 páginas
  • Filosofia
    2711 palavras | 11 páginas
  • Filosofia
    2124 palavras | 9 páginas
  • filosofia
    2929 palavras | 12 páginas
  • filosofia
    1663 palavras | 7 páginas
  • FIlosofia
    5313 palavras | 22 páginas
  • Filosofia
    2400 palavras | 10 páginas
  • Filosofia
    1702 palavras | 7 páginas
  • Filosofia
    1174 palavras | 5 páginas