filosofia

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. Ele abusa das convenções estabelecidas através de trocas quaisquer ou mesmo inversões de nomes. Se faz isso de maneira egoísta e prejudicial, a sociedade não mais confiará nele e o excluirá de si. Nisso, os homens não evitam tanto ser enganando quanto serem prejudicados pelo engano: também nesse nível, eles basicamente não odeiam o engano, mas conseqüências graves e hostis de certos tipos de engano. É num sentido semelhante e restrito que o homem quer somente a verdade, que conservam a vida; e é indiferente ao conhecimento puro, sem conseqüências, se indispõe até mesmo de modo hostil às verdades talvez prejudiciais e destrutivas. E, além disso: o que fazer com aquelas convenções da linguagem? Serão elas talvez produtos do conhecimento, do sentido de verdade coincidirão as designações e as coisas? Será a linguagem a expressão adequada de todas as realidades? Somente através do esquecimento o homem pode chegar a presumir que possui uma “verdade” no grau há pouco designado. Se ele não quer se contentar com a verdade na forma de tautologia, ou seja, com estojos vazios, então comprará eternamente ilusões por verdades. O que é uma palavra? A representação de um estímulo nervoso em sons. Mas concluir sobre um estímulo nervoso uma causa exterior a nós é já resultado de uma aplicação falsa e injustificada do princípio da razão. Como poderíamos, se só a verdade tivesse sido decisiva na gênese da linguagem, o ponto de vista da certeza nas designações, como poderíamos dizer: a pedra é dura - como se “dura” nos fosse conhecida de outra maneira e não apenas como um estímulo inteiramente subjetivo! Dividimos as coisas de acordo com os sexos, designamos árvore como feminina, o vegetal como masculino: transposições arbitrárias! Como nos distanciamos do cânone da certeza! Falamos de uma “cobra”: a designação não se refere ao contorcer-se, portanto também poderia convir ao verme. Que delimitações arbitrárias, que preferências unilaterais ora de uma ora de outra

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