Filosofia e Ética na Administração

Filosofia e Ética na Administração
Em nosso cotidiano enfrentamos problemas morais e éticos. Por exemplo: devo cumprir a promessa que fiz ao meu amigo, embora perceba que fazê-lo me causará prejuízos? Sempre devo dizer a verdade ou há ocasiões em que a mentira não apenas se faz necessária como será benéfica? Devo persistir numa ação que moralmente é tida como boa, mas cujas consequências práticas são extremamente prejudicais a outros? Se cumpro ordens posso ser julgado do ponto de vista moral? Se meu amigo colabora com o inimigo devo denunciá-lo?
Do ponto de vista filosófico, ética é um conjunto de valores e princípios que define os limites de ação de cada ser humano. Esse conjunto nos orienta em três questões fundamentais, intrinsicamente ligadas à nossa liberdade individual: Quero? Posso? Devo? A resposta depende dos princípios éticos adotados. De maneira geral, queremos muitas coisas: em alguns casos, podemos até obtê-las, mas, em outros, não devemos alcançá-las. Pode ser o caso de parar o carro em fila dupla na porta da escola dos filhos; pode ser o caso de desviar dinheiro dos cofres públicos. Pessoas eticamente saudáveis, portanto, são aquelas que podem, mas não fazem o que é errado. Dessa forma, quando se trata de ética há sempre um choque entre princípios e ações individuais e coletivos. Um exemplo para explicar como elas se chocam, e como, no convívio social, a ética se impõe aos interesses individuais é a análise do caso de uma casca de banana atirada ao chão. Quem a atirou ali propositalmente seguiu a ética egoísta. Quem viu a casca, mas não a retirou, agiu segundo a ética da omissão. Finalmente, quem jogou a casca no lixo seguiu a ética da vida coletiva.
Entretanto, existem outros diversos estímulos que dificultam a formação ética dos cidadãos. Um grande exemplo disso é o choque ético que ocorre no poder público. Afinal, como se convencer de que é preciso falar sempre a verdade quando um deputado federal preso por desvio de dinheiro público é