Filosofia Sofia

1. As questões que se colocam a Sofia são: Quem é que tinha posto a carta na caixa do correio? Quem és tu? Quem era Sofia Amundsen? E se tivesse outro nome? Seria então uma outra pessoa? Seria possível o nascimento determinar, de fato, a figura de cada um? Não era estranho que ela não soubesse quem era? Não era absurdo não poder decidir nada quanto à sua figura? Não era estranho que estivesse no mundo e pudesse tomar parte naquela aventura? Haveria uma vida após a morte? Não era injusto que a vida tivesse sempre um fim? Não era triste que a maior parte das pessoas tivesse que ficar doente para reconhecer que a vida era bela? De onde vem o mundo? Será que verificara, quando retirou a primeira carta, se a caixa estava, de fato, vazia? De onde vinha o universo? Poderia alguma coisa ser eterna? Este pensamento não seria tão impossível como o de o mundo ter sempre existido? O que se passava pensando em Deus? Será que se tinha criado a si mesmo do nada? De onde vinham ambas as cartas? Quem é que arrancara Sofia à realidade quotidiana e a confrontara subitamente com os grandes enigmas do universo? Seria a carta do seu pai? Mas ele não estava noutro lugar? Quem era esta “Hilde” que completava 15 anos um mês antes do seu aniversário? Porque é que um pai enviaria um postal de aniversário para a morada de Sofia, se era óbvio que devia ser enviado para outro local? Que tipo de pai enviaria um postal de aniversário para o endereço errado, impedindo que a filha o recebesse? Como é que poderia ser “mais fácil” deste modo? E principalmente, como poderia ela encontrar essa tal Hilde? Teria alguém respostas para estes problemas? O que é que passou a ser mais importante? O que deveria ter respondido? Que estava subitamente muito ocupada em saber quem era e de onde vinha o mundo e que já não tinha tempo para jogar badminton? Será que a sua amiga teria entendido? Por que motivo era tão difícil tratar das questões mais importantes e simultaneamente mais naturais? O que é a