Filosofia para criança
Doutorado com apenas 24 anos de idade, começou sua carreira estudando a literatura do século 19 e do século 20, até chegar a teoria literária marxista pelas mãos de Raymond Williams. Atualmente Eagleton tem integrado os estudos culturais com a teoria literária mais tradicional.
Seu livro mais conhecido é Teoria da literatura: uma introdução (1983, rev. 1996), em que traça a história do estudo de texto contemporâneo desde os românticos do século 19 até os pós-modernos das últimas décadas. Apesar de permanecer identificado com o marxismo, o autor se mostra simpático a desconstrução e outras teorias contemporâneas.
Já em Depois da teoria (2003), também lançado em português, Eagleton afirma que hoje em dia tanto a teoria cultural quanto a literária são "bastardas", mas não conclui que o estudo interdisciplinar de ambas não tem algum mérito. O que ele conclui, na verdade, é que o absoluto não existe, fazendo coro a própria desconstrução.
Suas análises são outra importante referência para a compreensão teórica do pós – modernismo. São relevantes, em especial, suas reflexões sobre as contradições entre a economia capitalista e a cultura burguesa, as quais demandam modelos contraditórios de subjetividade que impõem igualmente aos indivíduos que vivem na sociedade contemporânea.
Eagleton afirma que o pós – modernismo, por mais que procure negar a tradição modernista, “representa a ultima emergência iconoclasta da vanguarda, com sua demótica subversão da hierarquia, sua subversão auto – reflexiva do fechamento ideológico, seu ataque populista ao intelectualismo e ao elitismo”.
Eagleton define a pós – modernidade como “uma linha de pensamento que questiona as noções clássicas de verdade, razão, identidade e objetividade, a ideia de progresso ou emancipação universal, os sistemas únicos, as grandes narrativas ou os fundamentos