Filosofia Analitica

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A Filosofia analítica é uma vertente do pensamento contemporâneo, reivindicada por filósofos bastante diferentes, cujo ponto comum é a ideia de que a filosofia é análise - a análise do significado dos enunciados - e se reduz a uma pesquisa sobre a linguagem.

Inicialmente, Filosofia analítica assumiu a hipótese de que a lógica criada por Gottlob Frege, Bertrand Russell e outros, entre o final do século XIX e o início do século XX, poderia ter consequências filosóficas gerais e ajudar na análise de conceitos e no esclarecimento das ideias. Um dos mais claros exemplos dessa tendência é a análise de Russell de frases contendo descrições definidas. Os primeiros filósofos analíticos foram Frege, Russell, George Edward Moore e Ludwig Wittgenstein. Na Inglaterra, com Russell e Moore, opunha-se às escolas procedentes do idealismo alemão, principalmente o hegelianismo, representado sobretudo por J. M. E. McTaggart e F. H. Bradley.

Mas há várias correntes dentro da filosofia analítica; dentre elas, o positivismo lógico, que se distingue pela rejeição de toda e qualquer metafísica. Neste contexto, convém destacar o Círculo de Viena, de corte neopositivista, fundado por Moritz Schlick e constituído por filósofos e lógicos austríacos e alemães: Carnap, eventualmente Hans Reichenbach e, em seus primeiros tempos, Wittgenstein. Suas teses foram proclamadas num manifesto, Concepção científica do mundo (1929).

Na passagem do século XIX para o século XX, a filosofia passou por uma nova e profunda remodelação, a chamada "virada linguística", sob a influência de Frege, Bertrand Russell e Wittgenstein. A atividade filosófica passou a ser considerada basicamente como um método lógico de análise do pensamento. Posteriormente, com os autores ligados ao Círculo de Viena e demais positivistas lógicos, será vista como um método de análise do significado das proposições da ciência; ou ainda, para autores como Peter Strawson, será uma tentativa de se descrever alguns dos conceitos

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