Filosofando

616 palavras 3 páginas
Karl Popper (1902-1994) sofreu inicialmente a influência de Carnap e do Círculo de Viena, mas teceu diversas críticas a eles. Para Popper, o cientista deve estar mais preocupado não com a explicação e justificação da sua teoria, mas com o levantamento de possíveis teorias que a refutem. Ou seja, o que garante a verdade do discurso científico é a condição de refutabilidade. Quando a teoria resiste à refutação, ela é corroborada, ou seja, confirmada. Somente a corroboração nos diz qual de nossas teorias descreve o mundo real. Por isso, Popper critica a psicanálise e o marxismo, cujos universos teóricos se restringem às explicações de seus idealizadores e não dão condições de refutabilidade.

O conhecimento científico
A ciência não é um sistema de enunciados certos ou bem estabelecidos, nem um sistema que avança constantemente em direção a um estado final. Nossa ciência não é conhecimento (episteme): ela nunca pode pretender haver atingido a verdade, ou mesmo um substituto para ela, tal como a probabilidade.
Entretanto, a ciência tem mais que um simples valor de sobrevivência biológica. Ela não é apenas um instrumento útil. Embora não possa atingir a verdade nem a probabilidade, o esforço pelo conhecimento e a procura da verdade ainda são os motivos mais fortes da descoberta científica.
Não sabemos: podemos apenas conjecturar. E nossas conjecturas são guiadas pela fé não-científica, metafísica (embora explicável biologicamente), nas leis ou regularidades que podemos desvendar—descobrir. (...)
Todavia, testes sistemáticos controlam cuidadosa e seriamente essas nossas conjecturas ou "antecipações" maravilhosamente imaginativas e audazes. Uma vez propostas, não susten­tamos dogmaticamente nenhuma de nossas "antecipações". Nosso método de pesquisa não con­siste em defendê-las para provar que estávamos certos. Pelo contrário, tentamos contestá-las. Em­pregando todas as armas de nosso arsenal lógico, matemático e técnico, tentamos provar que nossas

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