Filoenese

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PSICOMOTRICIDADE: FILOGÊNESE, ONTOGÊNESE E RETROGÊNESE

INTRODUÇÃO

Nas duas abordagens Fonseca (1998;10) defende a idéia de que o desenvolvimento da criança (ontogênese) recapitula, acelerada e qualitativamente, o desenvolvimento da espécie humana (filogênese). No sentido de abordar a motricidade dos animais, como comportamento adaptativo por excelência, destaca-se o estudo paleontológico-funcional, a fim de demonstrar o papel daquela nas libertações anatômicas, e o papel destas nas modificações cerebrais das diferentes espécies. Do protozoário ao metazoário, do peixe ao réptil, do mamífero ao primata, e deste ao Homo Sapiens, Fonseca (1998;10) fornece dados que permitem visualizar interações endógenas (genótipo) e exógenas (fenótipo) que põemem jogo a relação dialética, invariável e teleonômica dos organismos vivos com o seu meio envolvente. O desenvolvimento humano compreende todas as mudanças contínuas que ocorrem desde a concepção ao nascimento, e do nascimento à morte. Neste período surgem processos evolutivos, maturacionais e hierarquiados, quer num plano biológico, quer num plano social. (Fonseca;11) Para Fonseca (1998;12) no envolvimento com a família, desenvolvem-se as primeiras aquisições motoras e lingüísticas. No envolvimento com a sociedade, evoluem as primeiras aquisições psicomotoras e psicolingüísticas. Essa tentativa nem sempre foi fácil na Civilização Ocidental, onde a influência do pensamento de filósofos como Aristóteles (300 a.C), S. Tomás de Aquino (1300) e Descartes (1596-1650) pesou muito na substimação do corpo e da motricidade como atributos intrínsecos da “Pessoa”. (Fonseca;12) “Cogito ergo sum” (Penso, logo existo) marcou profundamente o estudo do desenvolvimento humano. De fato, não somos apenas seres de pensamentos, mas também seres de movimentos e de sentimentos. Por isso opomos àquele aforisma um outro. “Anjo, sinto e penso, logo existo e coexisto”, muito próximo de outro quase

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