Filme No!

O Chile viveu uma longa ditadura militar sob o comando do presidente Augusto Pinochet, até que no ano de 1988 forma-se a campanha “No!” para combater a ditadura, e estabelecer a democracia no país. Para as duas campanhas, Sí e No, estaria disponível quinze minutos de propaganda na televisão, no período de vinte e sete dias, e então as pessoas votariam na campanha que mais lhe agradassem. Para que se possa discorrer sobre essa revolução e suas contradições com a práxis da libertação, antes será esclarecido o conceito de ideologia.
Ideologia são crenças e valores que mantem a relação de poder no lugar, faz a sociedade parecer harmônica, porém é ilusória, ela disfarça a luta de classes porque conserva a estrutura, ou seja, a margem continua a margem, porque a ideologia nega a existência de grupos. De contrapartida com a ideologia esta a práxis de libertação.
A práxis de libertação rompe com essa ideia, pois ela ajuda o indivíduo a se libertar da sua automatização, devolve a ele a condição de sujeito, e ajuda na construção de um ser autônomo, crítico e capaz de revolucionar. Sendo assim, a práxis da libertação mostra a realidade para a comunidade, relembra a história de opressão a qual passaram e potencializam suas virtudes.
O Chile, como já dito, viveu uma ditadura durante quinze anos, pessoas foram perseguidas, mortas, exiladas, houve muito sofrimento no país até sua democratização. A campanha No, ganhou a eleição do país, desta forma, entende-se que ela ganhou com uma práxis de libertação, pois alertou a população quanto a ideologia existente na ditadura, pois, houve a democratização, a campanha foi contra essa a ditadura que colocava o sujeito em condição de objeto, foi a favor de dar voz ativa ao sujeito, oportunidade de escolha, novas oportunidades de vida, e direito de buscar melhores condições. Porém, ao refletir sobre o verdadeiro significado da práxis de libertação, percebe-se que a campanha No foi uma ilusão ao país, apenas trocando uma ideologia