Filme cisne negro

Cisne negro
Um filme bem recente, em que me chamou muito atenção, fiquei pensando nele por vários dias, fora as reflexões que aconteceram em minha mente ali mesmo diante da tela.
O filme conta história de obsessão,de uma personagem principal que é uma bailarina jovem, veterana que ganha o papel para interpretar o “Cisne Negro”, que é o ápice da carreira de qualquer bailarina. Mais para interpretar esse papel ela precisa vencer seus próprios obstáculos, seu eu interior, seus medos, desconstruir e construir uma personalidade que nem ela mesma conhecia.
Ela não é uma menina doce, virginal, filha de uma bailarina frustrada em que a projeta, certinha, cheia de medos, insegura, quase real. O cisne negro personifica a vida real, cheio de altos e baixos, do bem e do mal, praticamente o mal, mostrando os seus bichos interiores.
A luta interior entre a sua realidade e o seu imaginário é intensa, dolorosas. Uma viagem angustiante do novo “eu” que vai sendo construído diante dos nossos olhos até chegar ao êxtase, quando a bailarina superasse e deixa no ar o final do filme.
O filme é moderno, contemporâneo baseado num clássico de Tchaikovsky de 1877 recriado de “O lago dos Cisnes“, é real quando mostra a disciplina da dança, as sapatilhas refeitas, as unhas curtas, o dançar até sangrar e a necessidade de superação, ter que interpretar outro papel, a busca pelo reconhecimento.
O filme é perfeito, com cenas caricatas, fotografias magníficas, o cenário muito bem preparado e os espelhos que os fazem refletir sobre o que é real e o que é imaginário, a câmera foca o rosto da bailarina e mostra angústia, a raiva, o medo e a necessidade de superação. E nós telespectadores participamos de tudo isso do início ao