Filhos de Usuários de Drogas são maioria entre as crianças acolhidas em abrigos

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Filhos de Usuários de Drogas são maioria entre as crianças acolhidas em abrigos
Por Ana Flávia Oliveira , iG São Paulo | 24/03/2014 Parte dos filhos de viciados em crack é retirado dos pais, que não têm condições de cuidar das crianças, e encaminhados para abrigos, onde esperam adoção ou ficam até os 18 anos
Duas camas impecavelmente cobertas com colchas cor-de-rosa, uma boneca de pano na porta e um pequeno guarda-roupas deixam claro que duas meninas dividem um quarto. Elas vivem como irmãs, mas não são nem parentes e, apesar de dividirem uma história de sofrimento e abandono, ainda sorriem para os visitantes e mostram os seus novos brinquedos.
As pequenas vivem em um abrigo para crianças e adolescentes localizado na zona sul de São Paulo com outras 28 crianças. As crianças, que foram retirados pela Justiça do convívio com os pais, vivem em cada uma das três casas (dez em cada) no abrigo da ONG Aldeias Infantis SOS Brasil. O local tenta reproduzir um ambiente familiar, com uma mãe-social (funcionária, que mora na casa com as crianças), e rotinas diárias, de estudo, lazer e até mesmo trabalho - para os adolescentes - que são seguidas por todos os moradores.
Uma das meninas tem 5 anos e ao lado dos irmãos mais novos - dois meninos de quatro e dois anos e uma menina de três - foram retirados da casa onde viviam com os pais em uma favela da zona sul há um ano e meio e levada para o abrigo. A Justiça entendeu que o cuidado das crianças era negligenciado.
O pai era usuário de drogas e a mãe, que já desenvolvia um quadro de depressão, era passiva às vontades do marido e não tinha condições de cuidar dos filhos. Na ocasião da retirada, os pais tinham saído de casa, deixando as crianças sozinhas. Eles foram denunciados porque a filha mais velha, na época com três anos, cuidava dos irmãos menores, diz a psicóloga da Ong Aldeias Infantis, Fabiana Nápolis.
“Eles chegaram desnutridos, chorosos, irritados, não comiam e não falavam”, diz Fabiana.
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