Fighemento interpretação e superinterpretação, de umberto eco.

ECO, Humberto. Interpretação e Superinterpretação. Martins Fontes: São Paulo, 2005.
-Págs.4-6: O estágio em que a discussão entrou nas duas ou três últimas décadas deve se entendido no contexto de dois processos de larga escala. O primeiro foi uma expansão enorme de educação superior em todo o mundo ocidental a partir de 1945. O segundo foi a forma pela qual um corpo de textos enraizados em distintas preocupações e procedimentos da filosofia da Europa continental colidiu com uma tradição principalmente ângulo-saxônica de explicação e apreciação críticas de obras literárias. Essa prática acabou gerando seu próprio corpo de doutrinas explicativas, em cujo o núcleo estava a concepção da obra literária como objeto estético.
-Pág.7: A extensão de ideias fundamentais das teorias linguísticas de Saussure, levaram à difusão através de muitos campos de estudo da busca de estruturas profundas e de padrões recorrentes jubjacentes a todas as áreas da atividade humana.
-Pág.8: A tentativa de limitar o âmbito do contextos relevantes na atribuição do sentido ou de fixa as instabilidades interminavelmente autodissolventes da escrita foi estigmatizada como “autoritária”.
-Pág.12: Para Rorty, não deveríamos mais pensar a filosofia como uma indagação sobre As Coisas Como Realmente São e sim como apenas uma entre várias contribuições a uma conversa cultural contínua onde diversos vocabulários recomendam-se a nós na medida em que servem a nossos propósitos.
-Pág.14: Rorty não parece inteiramente disposto a admitir que todos os propósitos e todos os textos sejam iguais, pois valoriza os textos que ajudem “ a mudar nossos propósitos e, assim, a mudar nossa vida”.
-Pág.15: Culler, afirma que a reflexão teórica sobre como os textos em geral funcionam, pode ser um fonte muito rica de novas questões. Culler não está disposto a aceitar o preceito de Rorty de que deveríamos apenas continuar “usando” o texto como propriedade, sem nos preocuparmos muito com a mecânica de seu