FICHAMENTO

Aluna: Juliana de Almeida Silva; Psicologia UFBA – 3° Semestre.

A Psicologia como ciência e a ciência da Psicologia

A transformação de uma sociedade claramente estratificada com modo de vida e de produção comunitário e público e de visão de mundo teocêntrica pertencente à Idade Média numa sociedade característica da Modernidade, isto é, privada, subjetivada, nuclear e consumista ocorreu devido a movimentos que defenderam os ideais da classe burguesa em ascensão (ex.: Revoluções Gloriosa, Francesa e Norte-Americana, Iluminismo e Reformas Protestante e Calvinista), bem como à implementação de um modo de produção industrializado e de uma economia liberal. (Pág 1-5)

Dessa forma, essa dinâmica de acontecimentos históricos do período de transição da sociedade feudal para a sociedade capitalista deu origem a um sujeito individualista e privatizado, o qual é a razão para o surgimento da Psicologia, enquanto uma ciência que nasce para dar conta, e adequar à ordem social vigente, o indivíduo Moderno que entra em crise ao perceber que a concepção de Homem criada (igual em direitos, livre para conquistar o que se deseja e fraterno) se contrapõe à uma realidade social que reflete um Estado interventivo, uma lógica capitalista controladora que visa a produção e o consumo, bem como uma extrema desigualdade social. (Pág 5-8)

O contexto Moderno privilegia a produção científica em detrimento de outros tipos de conhecimento, nesse sentido, a Psicologia sai do campo filosófico e adentra o campo da ciência experimental. A Psicologia experimental fundada por Wundt traz como objeto de estudo o homem e sua subjetividade e utiliza o método da instrospecção como uma forma de mensuração e quantificação da consciência, se fiando em técnicas e concepções das ciências naturais. Em outras palavras, a Psicologia tenta ser objetiva ao estudar um objeto subjetivo. (Pág 8-10)

Após a criação do primeiro laboratório de Psicologia experimental por Wundt,surgem diversas abordagens psicológicas