fichamento

ZEVI, Bruno. Saber ver a arquitetura. 5ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1996.
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Diferentemente dos demais tipos de arte, a arquitetura tem encontrado obstáculos, frente ao reconhecimento de suas qualidades, o que diz respeito à valorização e apreciação do projeto por parte da população. Tal impedimento faz alusão às dificuldades de localização, uma vez que o edifício é um objeto fixo, que jamais poderia ser transportado para a apreciação dos críticos de arte e segundo, devido a pouca evidência nos meios de comunicação. Por outro lado, destaca-se o fato da edificação ser avaliada como uma pintura ou escultura, externa ou superficialmente, esquecendo o objeto especifico da arquitetura. (p. 1 - 5).
Nos últimos cinquenta anos, com o advento da modernidade, a arquitetura conquista o seu espaço, passando a ser vista com novos olhos, justamente pela renovação da pintura. Todavia, os termos empregados na denotação dos objetos, dificultam a compreensão por parte das pessoas, uma vez que são explorados superficialmente. (p. 6 - 8).
A falta de um de uma história satisfatória da arquitetura está ligada ao fato da incapacidade humana de compreender o espaço, e o insucesso dos historiadores no estudo dos edifícios. Por outro lado, sob um ângulo favorável à discussão sobre o espaço, destaca-se a sua influência na construção do objeto, visto que a função da arquitetura é criar e organizar lugares. Visto sob essa finalidade, subtende-se o mesmo, como o vazio gerado pelo encontro das quatro fachadas.
Com a descoberta de uma quarta perspectiva dimensional pelos cubistas, posterior ao comprimento, largura e profundidade, predomina-se sobre a arquitetura, a influência do tempo, responsável por definir o volume arquitetônico, que encerra o espaço, todavia, esse transcende os limites da quarta dimensão. (p. 17 - 23).
Percebe-se que a arquitetura trabalha com a criação e organização de espaços interiores, todavia, são