Fichamento

Grande parte da população brasileira possui algum tipo de deficiência, 24,5% milhões de acordo com alguns dados do IBGE de 2000. Os cadeirantes, considerando pessoas com problemas mentais, com falta de algum membro ou incapazes de caminhar (que necessitam da cadeira de rodas), podem ultrapassar um milhão de pessoas.
Para Ely, na hora de projetar uma edificação para um cadeirante, é importante levar em consideração as necessidades para os deslocamentos e uso do espaço construído, buscando deixar a moradia acessível.

Durante 17 anos a ONU proclamou inúmeras promoções de direitos das pessoas portadoras de deficiência, e a maior de todas foi em 1993, que visava proteger e promover os seus direitos na sociedade. Com isso, vários países começaram a implantar leis de acordo com as determinações da ONU.
A acessibilidade é algo muito importante, portanto esta foi dividida em necessidades físicas (que são acessos, circulação, segurança, mobiliário), informativas (apropriação do espaço) e sociais (privacidade e integração), baseadas nas ideias de Hunt, Lloveras e Ribas.

O método de pesquisa do estudo foi exploratório, pois possui tanto o estudo de caso, que constitui da analise da acessibilidade de uma habitação de interesse social, quanto à pesquisa bibliográfica. O Projeto Casa Fácil 1.0 (CREA-PR, 1988) foi analisado e ele atende as famílias que ganham até três salários mínimos e possuem no máximo quatro pessoas (42,32m²).
Os principais problemas encontrados no projeto foram os acessos e circulações com dimensões adequadas, distribuição do mobiliário e relação interior e exterior (janelas pequenas e altas).

No Projeto Casa Fácil 1.0 foi possível observar as inúmeras falhas dos critérios para receber um cadeirante na residência, com isso foram aplicadas diretrizes de acessibilidade em dois níveis: nível mínimo de adaptações para garantir a utilização da edificação e um nível superior para atender todas as necessidades do morador, proporcionando qualidade de vida