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Observação

1. Título

I. Reflexão Filosófica sobre o Encontro

1. Sedimentar a confiança

2. A Escuta

Encontro na perspectiva terapêutica existencial

O Encontro é entendido como uma relação intersubjetiva onde a troca entre as pessoas – embora assimétrica na relação psicoterapêutica – provoca uma colocação em movimento de sua existência. Reservamos a palavra encontro para uma situação onde o OUTRO (aquele com o qual entro em relação) afeta de alguma maneira o curso da minha existência, principalmente na dimensão em que ele (o outro) me faz crescer. Pode-se observar no encontro dois elementos que se auto-implicam. Uma dimensão física e uma dimensão pessoal. O momento físico do encontro, me dá a real existência do outro. Por outro lado a dimensão pessoal é como eu respondo a existência desse outro, é o aspecto que junto com o primeiro polo constituiria a essência do encontro. No encontro entre duas pessoas pode-se constituir uma relação objetal ou uma relação pessoal, isso vai depender da forma com que o sujeito olhará para esse outro. Na psicoterapia, o terapeuta não deve ficar na forma de conhecedor de tudo, pois numa relação, num encontro, mesmo que psicoterápico há a troca de conhecimentos; é através da reciprocidade que se dá a terapia.

A confiança se dá quando o cliente ou paciente vai em busca de um terapeuta ou médico para despejar suas mazelas, sejam elas psíquicas ou físicas. Se ele não confiar que aquele profissional tem o “poder” de “curá-lo” de seus problemas, o conhecimento para isso, ele nunca chegaria em consultório algum.
Como o encontro será uma relação intersubjetiva de significações e não uma relação objetiva ou casual, o terapeuta deve poder responder à confiança do cliente, trazendo-lhe por sua vez o presente de uma