Fichamento

Culturalmente há uma idealização de que a vida só é considerada boa se for longa, o que consequentemente faz com que a sociedade tenha uma inabilidade ao se deparar com a morte. Temer e preocupar-se com ela são princípios que estão presente desde a primitividade, conforme as teorias de Chiavenato.
O diagnóstico de uma doença grave atinge não somente o paciente, mas a todos os seus familiares e aos que estão ao seu redor, visto que sua família é seu núcleo de primeiro grau. Tanto quanto o paciente, a família deve e merece ser tratada, desde o recebimento do diagnostico, uma vez que sua reação é altamente impactante no paciente.
Em 1990, os cuidados paliativos ficaram conceituados pela Organização mundial de Saúde (OMS) como: “A assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.
O câncer, patologia que assusta a sociedade há tempos, é um oncogênese, célula mutada que não mais responde ao controle intracelular que se multiplica formando novas células contaminadas que podem futuramente desenvolver tumores tanto em células quanto em órgãos. O câncer acomete cada vez mais um índice populacional maior e trás um grande número de óbitos. Em 2000, estima-se nas estatísticas mundiais que 12% do total de óbitos gerais (aproximadamente 6,2 milhões de pessoas) tenham sido devido a doença.
A morte para a sociedade ocidental é um dos pontos mais críticos na existência humana, é um problema causador de sofrimento, estando relacionado à perdas e despedidas, numa cultura onde é encarada como punição.