Fichamento

Sírio Possenti
Doutor em lingüística. Professor do Departamento de Lingüística do
Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp.
Autor da obra “Por que (não) ensinar gramática na escola” (Ed.
Mercado de Letras, 1996)
Por Artarxerxes Modesto

Sírio Posseti em resposta a entrevista da Revista Letra Magna, Argumenta “...que as influências principais da linguísticas derivam de posições que aparentemente são só teóricas. Não se aprende por etapas - da frase curta à longa; a língua falada é uma língua e não se aprende uma língua estudando regras, mas convivendo (interagindo linguisticamente, discursivamente) e não por palavras ou frases. A historia das línguas nos ensinam que os erros de hoje são a língua do futuro...”.
“.... ensinar gramática não é a mesma coisa que ensinar uma língua – ler e escrever bem são tipos de saberes que não exigem capacidade de análise explicita no domínio gramatical, e saber gramática não confere a ninguém a capacidade de ler escrever bem...”. Possenti sugere nas falas acima propostas para o ensino de Língua Portuguesa que são de extremo bom senso, pois se constituem de metodologias alternativas, que com a conscientização do professor, ele mesmo pode aplicá-las em sala de aula. Como exemplos podemos a valorização, sobretudo, da leitura e da escrita, acredita que se aprende a escrever escrevendo e a ler lendo
Em resposta a outras perguntas Sírio Posseti diz “...diz que os alunos nunca souberam gramática (como regra, ou seja, em sua maioria). E acrescentaria que muitos alunos, e também muitos professores, escrevem porque ocupam o pouco tempo que têm na escola para pretensamente, estudar gramática, isto é, para fazer exercícios gramaticais que têm pouco sentido...”.
“...Certamente que há lugar para o ensino de regras normativas. Por exemplo, diante, de um caso de escrita “errada”, a atitude óbvia é “corrigir”. Se não, vai-se à escola para quê?. A escola se ocupa também de verdadeiras bobagens, como discutir se deve