fichamento o príncipe

Maquiavel, Nicolau. “O Príncipe”. Tradução de Pietro Nassetti – 8ª edição

A obra é, uma análise histórica sobre grandes figuras estadistas que viveram anteriormente à obra, notando o que se fez de certo e errado no caminho destes à glória, que viria a servir como um guia para a conduta de príncipes.
Primeiramente, Maquiavel reflete sobre que tipo de homem pode obter sucesso no comando de um governo. Ele pressupõe que, para se alcançar a situação de príncipe, um homem precisa ter grandes valores individuais e boa sorte. Sorte no sentido de ser apresentado à uma oportunidade e valor ao saber aproveitá-la, como aconteceu na vida de homens como Teseu e Rômulo, citados por Maquiavel no discorrer da obra.
Maquiavel via no principado o tipo de governo necessário para a unificação italiana e para a posterior a consolidação de uma república.
Os principais pontos analisados por Maquiavel nessa obra giram em torno de como conquistar e manter um principado, e quais atitudes por parte do príncipe seriam as mais coerentes para tal objetivo.
Ele discorre sobre as dualidades por vezes contrastantes com as quais um príncipe precisa aprender a lidar: quando ser cruel e quando ser clemente, se é melhor buscar o temor ou o amor dos súditos. A opinião de Maquiavel sobre isso gira sempre em torno da questão: “ Tal ação levará à união e lealdade do povo?”.
A unificação é questão central nessa obra. É importante, para o completo entendimento dessa obra, uma reflexão sobre o contexto histórico em qual o autor se encontrava. A obra foi escrita em meio a grande instabilidade política na região italiana, onde laços sanguíneos já não eram mais garantia de continuidade de governo.
Desse ponto do pensamento maquiavélico se reflete a ideia do fim que justificam os meios: se o fim a ser alcançado pelo príncipe é o êxito de seu governo, não há como justificar medidas consideradas clementes que não tenham tanta eficácia para a obtenção desse êxito como uma medida cruel, como deixar de