Fichamento - O príncipe

Ronan Araujo Bento de Castro
Matrícula: 14/0031316
FichamentoIntrodução à Ciência Política
Turma: E
Referência: MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. [Ed. Especial]. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. (Saraiva de Bolso). O livro “O príncipe” foi escrito com o objetivo de orientar Lorenzo (o príncipe) à restituição da Itália. Maquiavel estuda o fenômeno do poder em relação à capacidade do príncipe de mantê-lo sem se pautar por princípios religiosos ou éticos.
Na obra, pode-se entender o “fazer político” como técnico dado sua realidade (p.13). Para alcançar a eficiência da política (enquanto prática) deve-se ultrapassar o ideal peculiar (de cada representante) e compreender a natureza da mesma: o conflito. Concluindo que o conflito é “matéria prima” da política.
Segundo Nicolau “...o que todo príncipe prudente deve fazer: não só remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perícia...” (p.21). - a oportunidade (boa ou ruim), o improvável ou até mesmo o imponderável deve ser pelo menos previsto (ou deduzido) para um bom aproveitamento destas.
Em uma boa representação política, o príncipe deve assegurar-se bem da distinção de fatores oportunos (ou indesejados) e a determinação e aproveitamento destes em relação aos seus interesses (cap.XV). Pode-se observar a definição de: fortuna e virtú. A compreensão do espaço (realidade a qual se refere) e o entendimento das causas oportunas ou importunas são determinantes para atuação do representante político (o príncipe), segundo o autor, pode-se concluir fortuna como a sorte (boa ou má) e virtú como o esforço e aproveitamento do príncipe às circunstâncias.
“Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laços e ser leão para aterrorizar os lobos”(p.69). Não é necessário a um príncipe ter todas as virtudes, mas é preciso parecer possuí-las já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.