Fichamento- a canoa de papel eugenio barba

ANTROPOLOGIA TEATRAL
De acordo com Barba, através da antropologia teatral, o estudo do comportamento cênico pré-expressivo que se encontram na base dos diferentes gêneros, estilos e papéis e das tradições pessoais e coletivas, tornando-se possível o "novo corpo", que consta uma anatomia especial para o ator, ou seja, o seu "corpo extra-cotidiano". Barba complementa ainda que “[...] esta utilização extra-cotidiana do corpo-mente é aquilo que se chama técnica”. Onde a presença física e mental do ator-dançarino modela-se segundo princípios diferentes dos da vida cotidiana. O corpo todo pensa/age com uma melhor qualidade de energia, sabendo modelá-la. A Antropologia Teatral tem o intuito de propor uma prática teatral na qual o ator é instigado a enfrentar a busca de sua própria identidade. Manifesta-se por meio do exercício de seu ofício, sublinhando a unicidade do indivíduo, ou do ator, tornando-se possível se o grupo faz de sua prática cotidiana um ponto de partida para uma viagem de prospecção pela história e pela cultura, conforme ele cita no primeiro capítulo de A canoa de papel. Além disso, a Antropologia Teatral visa à percepção de polaridades, como nos diz Barba: "por um lado, a pergunta 'quem sou eu', como indivíduo de um determinado tempo e espaço; e por outro, a capacidade de intercambiar respostas profissionais, em relação a essa pergunta, com pessoas estranhas e longínquas no tempo e no espaço" (Barba, 1991).
No segundo capítulo, Barba afirma que há diferentes técnicas do ator. Estas ‘podem ser conscientes e codificadas, ou não conscientes’. A aplicação destes princípios a vários fatores, como peso, equilíbrio, uso da coluna vertebral e olhos, produzem tensões físicas pré-expressivas; um estado extracotidiano de energia que torna o corpo vivo teatralmente. Como consequência, antes de transmitir qualquer mensagem, a atenção do espectador é mantida no ator. ‘A Antropologia Teatral é um estudo o ator para o ator’, de maneira que o processo criativo