Fichamento Teoria dos Signos - Fiorin

FIORIN, J.L. Teoria dos signos. In: _ (org.). Introdução à linguística. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2005. p. 55-73.
Anotação de leitura sobre o texto Teoria dos signos pela aluna .
Apenas percebemos no mundo à nossa volta o que a nossa língua nomeia, mas baseando-se na ideia de que os signos são etiquetas colocadas nas coisas, os sábios de Balbinarbi, nas Viagens de Gulliver, propuseram que se substituíssem palavras por objetos para se comunicar, de modo que ao se falar de um livro, por exemplo, dever-se-ia tê-lo em mãos, mas viu-se que o novo sistema não poderia funcionar tão bem, pois um objeto tem um campo de sentido limitado diante de tudo o que uma língua pode expressar, como propriedades desse objeto ou classes de nomes e classes gramaticais. A língua usa palavras diferentes para se designar coisas ou ideias parecidas. Ao nomear as coisas o homem as categoriza, divide os seres, e os significados podem ter traços funcionas e qualificacionais.
O valor de um signo é dado por outro signo, um delimita o valor do outro. No período Medieval dizia-se que o signo era “uma coisa em lugar de outra”, dando a ideia de que o signo não é a realidade. Saussure concorda e diz que um signo une um conceito a uma imagem acústica e traz os conceitos de significado: representação de algo, o que quem emprega o signo entende por ele; e significante: parte inteligível do signo. Já Hjelmslev aponta o conceito de signo como a união de um plano de conteúdo e plano de expressão e cada plano compreende dois níveis: forma e substância. A forma é como o valor no conceito saussureano, o sentido de uma coisa ou ideia é delimitado pelo de outro, a forma de expressão são as diferenças fônicas e a forma de conteúdo são as diferenças semânticas; enquanto que as substâncias da expressão são os sons e as substâncias do conteúdo são os conceitos gerados pela forma. Ele representa o signo por ERC (expressão em relação com o conteúdo) que une duas formas representadas por duas substâncias.