Fichamento: subjetividades contemporâneas?
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
Docente: Denise Scaff
Discente: Flávia Câmara
Fichamento: Subjetividades Contemporâneas?
Autor: Renato Mezan
O processo de escrita de um psicanalista deve sempre ser olhado sob o prisma da transferência. O papel serve de válvula de escape para que o inconsciente se apresente. Não são apenas os textos literários (leia-se a literatura ficcional) que funcionam como acesso ao inconsciente. Não é à toa que Mezan busque na cultura judaica a base para iniciar seu texto apresentado na mesa redonda que se pretende discutir subjetividades. Sabemos que Freud, o criador da psicanálise, viveu um momento histórico conturbado. Ele era judeu, e foi no seio dessa cultura que ele questionou valores da época para criar conceitos e teorias, os quais podemos discutir hoje mesmo vivendo em uma cultura “completamente” diferente. Digo completamente entre aspas, pois sabemos que nossa cultura é uma cultura judaico-cristã. Além disso, podemos pensar também o significado expresso na “lembrança” da páscoa. Os pagãos comemoravam a páscoa na passagem do inverno para a primavera. Aí, o despertar das flores guia-nos a pensar nessa passagem como um momento de libertação, ou transcendência. É nesse sentido, menos simbólico, e, diria, um pouco mais alegórico que a Páscoa é comemorada pelos judeus como passagem, libertação do povo hebreu da escravidão egípcia. Na tradição católica, essa festividade celebra o momento mais importante, que é aquele onde Jesus renasce. Todas essas celebrações estão situadas no entorno da passagem, do renascimento.
Estando em um evento que celebra mais um aniversário do Instituto do qual faz parte, Mezan em seu texto nos brinda com um “relato histórico” da psicanálise. É um texto de passagem que nos fala da passagem. Enquanto ritual a passagem permeia a obra freudiana.
O autor aos poucos nos revela a complexidade acerca da temática