Fichamento Roussau

2551 palavras 11 páginas
(p. 21) “As cláusulas desse contrato são de tal modo determinadas pela natureza do ato que a menor modificação as tornaria inúteis e sem efeito, de sorte que, embora talvez jamais tenham sido formalmente enunciadas, são em toda parte as mesmas, em toda parte tacitamente admitidas e reconhecidas; até que, violado o pacto social, cada qual retorna aos seus primeiros direitos e retoma a liberdade natural, perdendo a liberdade convencional pela qual renunciará àquela.” (p. 26) “O que o homem perde pelo contrato social é a liberdade natural e um direito ilimitado a tudo quanto deseja e pode alcançar; o que com ele ganha é a liberdade civil e a propriedade de tudo o que possui. Para que não haja engano a respeito dessas compensações, importa distinguir entra a liberdade natural, que tem por limites apenas as forças do indivíduo, e a liberdade civil que é limitada pela vontade geral, e ainda entre as posses, que não passa do efeito da força ou do direito do primeiro ocupante, e a propriedade que só pode fundar-se num título positivo.”
(p. 35) “Mas, não podendo dividir a soberania em seu princípio, nossos políticos a dividem em seu objeto; eles a dividem em força e vontade, em poder legislativo e poder executivo, em direitos de impostos, de justiça e de guerra, em administração interior e em poder de negociar com o estrangeiro; ora se confundem todas essas partes, ora as separam. Fazem do soberano um ser fantástico, formado de diversas peças entremeadas, tal como se formassem o homem de vários corpos, um dos quais tivesse olhos, outro braços, outro pés, e nada mais. (...)” (p. 40) “(...) a vontade geral, para ser verdadeiramente geral, deve sê-lo tanto em seu objeto quanto em sua essência; de que deve partir de todos, para aplicar-se a todos; e de que perde sua retidão natural quando tende a algum objeto individual e determinado, porque então, julgando aquilo que nos é estranho, não temos a guiar-nos nenhum verdadeiro princípio de equidade.”
(p. 41) “Deve-se

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