[fichamento] PUJOL, X. G. Centralismo e Localismo? Sobre as Relações Políticas e Culturais entre Capital e Territórios nas Monarquias Europeias dos Séculos XVI e XVII.

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PUJOL, X. G. Centralismo e Localismo? Sobre as Relações Políticas e Culturais entre Capital e Territórios nas Monarquias Europeias dos Séculos XVI e XVII. Penélope – Revista de História e Ciências Sociais, Lisboa, 1ª edição, n. 6, 1991. Disponível em: http://www.penelope.ics.ul.pt/indices/penelope_06/06_12_XPujol.pdf Acessado em 11 de junho de 2013.

Analisando a analogia empregada pelo autor no primeiro parágrafo do texto onde se refere ao rei como condutor da barca do Estado, já no início do período moderno, a coroa assemelha-se mais com um relógio, pois sua maquinaria encontra-se oculta, mas em constante funcionamento, impessoal, porém animado, o que possibilita o gerenciamento de uma coletividade. Essa coletividade é cada vez mais definida pelos limites territoriais, que tornam-se cada vez mais bem definidos, e governado de um centro cada vez mais significativo: a capital. Assim como a relação entre súditos e o rei, era a relação da capital e de seus territórios. Portanto, espaço político e espaço acabaram tomando as mesmas formas no campo do conhecimento. Uma outra característica marcante do período moderno é o grande aparato estatal, capaz de exercer grande controle na vida dos indivíduos e dos territórios, seja no campo militar, fiscal ou burocrático. Segundo interpretação do autor, o que as monarquias do século XVII pretendiam não era necessariamente a centralização do poder, mas sim o fortalecimento de suas dinastias, a imposição da autoridade sobre os súditos, que até então, eram considerados pouco obedientes e não cumpridores de suas obrigações. Para fazer valer seus desejos, a monarquia utilizou como ferramenta programas de disciplina social, fomento econômico e etc., o que levou a intervenção mais direta nas províncias e munícipios, dando continuidade a uma ação iniciada anteriormente no fim do século XVI, quando a presença estatal se tornou mais “presente” na vida local, seja central ou municipal. O caso espanhol é fortemente marcado

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