Fichamento POder Simbólico

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico.Tradução: Fernando Tomáz, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011. (Capítulo I e VIII)
Capítulo I. Sobre o poder simbólico
"O poder simbólico é, com efeito, esse poder invisível o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo o exercem"
1.1 - Sistemas simbólicos - estruturas estruturantes. Os universos simbólicos são os mitos, a língua, a arte, a ciência. Para Durkheim essas formas simbólicas deixam de ser transcendentais, como eram para a tradição kantiana, e se tornam formas sociais, arbitrarias e socialmente determinadas. Nesta tradição, a objetividade do sentido do mundo define-se pela concordância das subjetividades estruturantes (consenso).
1.2 – Sistemas simbólicos - como estruturas estruturadas. O poder simbólico é um poder de construção da realidade que tende a estabelecer uma ordem gnosiológica: o sentido imediato do mundo, leva a, como disse Durkheim, uma concepção homogênea do mundo. Os símbolos são instrumentos de integração social.
1.3 - As produções simbólicas como instrumentos de dominação. Marxistas privilegiam as funções políticas dos sistemas simbólicos - explica as produções simbólicas como instrumentos de dominação das classes dominantes.
A cultura que une um grupo social é também a cultura que legitima sua estrutura e, portanto, legitima a distinção social e as estruturas de poder. Enquanto instrumentos de comunicação, os sistemas simbólicos comprem sua função de política de instrumentos de dominação que contribuem para assegurar o domínio de uma classe sobre outra (violênciasimbólica)
Os sistemas simbólicos diferem dependendo da forma como foram produzidos e por quem foram produzidos. Há uma luta pelo monopólio da violência simbólica, mesmo que essa luta seja imperceptível. Há sempre um grupo tentando impor seu conjunto de símbolos (religioso, artístico, etc.). Tais grupos buscam impor a sua ordem, ou a ordem estabelecida, como natural