Fichamento "Na polifonia de uma orquestra: uma pesquisa clínica com grupos sobre a experiência alucinatória"

1063 palavras 5 páginas
Munõz, Nuria Malajovich. Na polifonia de uma orquestra: uma pesquisa clínica com grupos sobre a experiência alucinatória. São Paulo. Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Setembro/2009. Colóqio Internacional sobre o Método Clínico.
Introdução
1) O artigo trabalha com a ideia de que o problema principal não reside no fato de ouvir vozes, mas na dificuldade de estabelecer algum tipo de convivência com elas;
2) Bem como investiga a troca de experiências e a produção de narrativas pessoais sobre o assunto. Surge como alternativa ao saber psiquiátrico.
Pressupostos/hipótese
1) Essa abordagem inclui e valoriza a incidência subjetiva da vivência e acompanha seus desdobramentos na relação do sujeito com o mundo;
2) A audição de vozes não é encarada como a expressão natural de um processo de adoecimento, mas na pluralidade de formas e modos como se manifesta.
Pergunta/problema de pesquisa
Como se dá a experiência subjetiva dos ouvidores de vozes?
Objetivos do estudo
Visa possibilitar a troca de experiências entre pessoas que ouvem vozes, apostando que a circulação da palavra pode incentivar a construção de narrativas sobre o fenômeno.
Revisão da literatura e conceitos-chave

“ Os grupos de ouvidores de vozes surgiram na Holanda, no final dos anos 80, com o intuito de oferecer a pessoas com esse tipo particular de vivência a oportunidade de compartilhá-las em um coletivo” (Romme & Escher, 1997).

“ A audição de vozes não é encarada como a expressão natural de um processo de adoecimento, mas na pluralidade de formas e modos como se manifesta. Ao não se restringir ao quadro referencial da psicopatologia, toma-se a audição de vozes dentro do contexto mais amplo da vida das pessoas, inserindo-a na vasta gama das experiências subjetivas humanas” (Vasconcelos, 2003).
‘A psicanálise, com Lacan, toma a alucinação na psicose sobre o registro onde o fenômeno aparece, ou seja, na linguagem. A alucinação auditiva é considerada verbal”

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