Fichamento Michel Foucault Por ele mesmo

Fichamento Documentário Michel Foucault por ele mesmo

O documentário começa com uma narrativa sobre os diferentes espaços que o ser humano ocupa no mundo, os de passagem, como as calçadas e ruas, e também os cafés, cinemas, praias e hotéis, e os locais fechados e de repouso, como as nossas casas. Foucault cita o seu desejo de que houvesse uma ciência que estudasse todos esses diferentes espaços, suas contestações míticas e reais do espaço em que vivemos, chamada de Heterotopologia. A partir dessa introdução ele observa que, na margem desses principais espaços habitados pela sociedade há aqueles que vivem do ócio, como os loucos, idosos e inválidos, que vivem exclusos em instituições como manicômios e asilos. Cita também seu livro “Vigiar e punir”, falando sobre porque a justiça deixou de aplicar torturas mortais e passou a buscar a correção dos criminosos, nascendo assim então as prisões.
O que no passado era necessário, pois o povo precisava se assustar com as formas de punição, no futuro não tão distante foi modificado, porque na verdade o que o povo precisa não é de cenas chocantes de violência, mas sim de uma educação mais justa e corretiva.
O próximo tema discutido no documentário é a loucura, que para ele não existe como é vista pela maioria das pessoas, para ele a “loucura” não é nada mais que uma razão própria e que ninguém entende. É uma linguagem particular e que apresenta-se de maneira diferente em cada indivíduo. Assim, o que pode ser considerado como um comportamento incompatível com a maioria da sociedade, pode ser apenas as características particulares e diferentes de determinado indivíduo, como citado por ele: "A Psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da Psicologia".
Outro ponto abordado por Foucault é o poder. Para ele, o poder não pode ser centralizado numa instituição ou Estado, não é considerado como algo que o sujeito tem, mas sim uma relação de forças, e por funcionar assim, ele