Fichamento LE GOFF, Jacques. Documento/monumento, In, Historia e memória. Tradução de Irene Ferreira, Bernardo Leitão, Suzana Ferreira Borges. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2003. p. 525-539.

1303 palavras 6 páginas
LE GOFF, Jacques. Documento/monumento, In, Historia e memória. Tradução de Irene Ferreira, Bernardo Leitão, Suzana Ferreira Borges. 5. ed. Campinas, SP: UNICAMP, 2003. p. 525-539.

O texto dialoga sobre as formas em que se aplicam os materiais da história da memória coletiva, sendo esses os monumentos e os documentos. Tudo aquilo que sobrevive ao tempo é fruto de uma escolha.
Os monumentos são herança do passado e os documentos, seleção do historiador. A origem da palavra monumento retoma significados de memória, tudo aquilo que evoca e imortaliza o passado, voluntária ou involuntariamente. O monumento reenvia testemunhos que, em sua maioria, não são escritos. Página 526
O documento, tendo sua origem do termo latino documentum, aparece já evoluído para o significado de “prova” e é amplamente utilizado no vocabulário jurídico. No fim do século XIX, para a escola positivista o documento é o fundamento do fato histórico, apresenta-se como prova histórica, mesmo sendo de escolha do historiador. Sua objetividade opõe-se à intencionalidade do monumento. É, essencialmente, um testemunho escrito. Páginas 526 e 527
As transformações destes termos para os historiadores é apresentada na citação “La Monarchie Franque” de Fustel de Coulanges (1888): Leis, cartas, fórmulas, crônicas e histórias, e preciso ter lido todas estas categorias de documentos sem omitir uma única [...]. Encontraremos no curso destes estudos varias opiniões modernas que não se apoiam em documentos, deveremos estar em condições de afirmar que não são conformes a nenhum texto, e por esta razão não nos cremos com o direito de aderir a elas. A leitura dos documentos não serviria, pois, para nada se fosse feita com ideias preconcebidas [...]. A sua única habilidade (do historiador) consiste em tirar dos documentos tudo o que eles contêm e em não lhes acrescentar nada do que eles não contêm. O melhor historiador é aquele que se mantém o mais próximo possível dos textos. (COULANGES, 1888 apud LE GOFF,

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  • Prof. UFV
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