Fichamento Introdução Kate Nesbit, Uma Nova Agenda para a Arquitetura

PARTE I: A NECESSIDADE DA TEORIA

Através de observações, a teoria da arquitetura oferece soluções novas e alternativas para os problemas da disciplina. A teoria possui vários níveis, avalia a profissão, as intenções dos arquitetos e sua relevância cultural em geral. Na história da arquitetura, é possível identificar problemas que requerem soluções tanto conceituais, resolvidas pela filosofia, como soluções físicas, resolvidas pela tectônica. O período pós-moderno tem como característica a inexistência de um ponto de vista predominante. A teoria pós moderna da arquitetura trata da crise de sentido desta disciplina. Este livro faz uma revisão do modernismo recorrendo à abordagens políticas, éticas, linguísticas, estéticas e fenomenológicas.

PARTE I A: TIPOS DE TEORIA

As teorias podem ser prescritivas, proscritivas, afirmativas ou críticas, mas nunca descritiva “neutra”. A teoria prescritiva dá soluções, novas ou não, para problemas específicos, estabelecendo novas regras; propõe padrões positivos e até uma nova metodologia de projeto. Essa teoria possui um tom polêmico, sendo crítica ou conservadora. A teoria proscritiva é semelhante à anterior, porém ela estabelece o que deve ser evitado. Nessa teoria, a boa arquitetura é definida pela ausência de atributos negativos. A teoria crítica é mais abrangente, avalia as construções e suas relações com a sociedade. Polêmica, essa teoria tem o objetivo de estimular mudanças, muitas vezes sob orientação política ou ética. Ela é especulativa, questionadora e às vezes utópica.

PARTE I B: A FINALIDADE DO TRATADO TEÓRICO: DEFINIR O ESCOPO DA DISCIPLINA

Os tratados teóricos cuidam das origens de uma prática ou arte. Um tratado sobre arquitetura situa as origens dessa disciplina na imitação da natureza e na capacidade do homem aperfeiçoá-la. Vitruvio acredita que a natureza do homem o fez evoluir da construção de edifícios para outras disciplinas, sendo assim, a arquitetura a fonte e matriz das