Fichamento-Educação, Poder e Sociedade no Império Brasileiro
Segundo Gondra, podemos afirmar que os Jesuítas foram os nossos primeiros professores, mesmo que sendo muito rígidos ao quererem ensinar uma ordem religiosa. Faziam isso para que seus “alunos”, que eram considerados indignos e infiéis, se convertessem e não se rebelassem contra a igreja. Entretanto, é muito importante saber que mesmo com esse método de educar, foi de vital importância à presença jesuítica. E também saber que existiram outros ensinadores que tiveram seu papel fundamental na história da educação. Podemos citar os franciscanos, mulheres e mães, mestres (que ensinavam nas oficinas, fazendas e em outaras extensões), e outras formas religiosas. Falando dos chamados “mestres”; eles ensinavam carpintaria, marcenaria, etc. Muitas vezes, os mestres eram confundidos com os próprios mestres letrados. Isso porque muitos mestres artesãos ensinavam as primeiras letras. E alguns cobravam para ensinar, com isso podemos perceber que no século XIX, não utilizavam uma rígida especialização.
No século XVIII, as reformas Pombalinas expulsaram os Jesuítas de Portugal. Eles não deveriam ensinar mais. Mas muitos continuaram a ensinar. Não se afastaram imediatamente. Continuaram a ensinar em suas casas, capelas, igrejas, etc. Os Pombalinos estabeleceram as chamadas Aulas Régias. Os professores régios tiveram dificuldades para conseguir espaços para ensinar, pois ainda existiam muitos mestres ensinando particularmente. O governo de Portugal teve sua primeira iniciativa ao organizar capacitar os professores. Daí, podemos ver os diferentes estágios de organização, que são: ser docente o tempo inteiro; capacitar os profissionais e lhes dar licença; criar instituições de ensino específicas para a formação dos professores; criar um sindicato para apoiar essa profissão. A reforma Pombalina foi responsável pela divisão dos estudos e pelo domínio da