Fichamento Dussell

BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as conseqüências humanas. Tradução: Marcus Penchel. Jorge Zahar Ed.: Rio de Janeiro, 1999.

No início do texto em questão, o autor destaca que a redução do tempo de viagem entre lugares aniquila as restrições espaciais, ou seja, o que se move na velocidade do sinal eletrônico é livre de restrições de sua origem. Por isso, atualmente, a perda de fronteiras definidas para o dinheiro enfraquece as alavancas de política econômica, fator que reduz o poder das “nações-estado”. O autor evidencia a atual situação citando as características propostas no livro de Kenneth Jowitt, “A nova desordem mundial”, no qual ele baseia que a desordem global é reflexa da nova consciência da natureza “não controlada” das coisas, ou seja, não está de maneira clara e definida o que é efetivamente ter o controle no panorama global.
Segundo o autor, a nova percepção global traz o conceito de globalização de maneira profunda, consolidando a ausência de um centro controlador e faz Jowitt caracterizá-lo como “nova desordem mundial”, pois em função da sua origem e motivação, nada restou do significado original, referindo-se atualmente primordialmente aos efeitos globais imprevistos e não às inovações mundiais.
Consolidado os conceitos de globalização, o autor destaca que a “cena global” era o cenário da política entre os estados, seja ela por meio de acordos ou conflitos, da qual emergiu por cerca de 50 anos dois blocos de poder bem divididos por suas fronteiras de ideais. Em face desses conflitos e acordos, o autor cita Eric Hobsbawm e sua estimativa a respeito da constituição dos membros da ONU. Não se esperando mais dos novos Estados o mesmo ocorrido nos mais antigos, a função de manutenção do equilíbrio dinâmico foi abandonada, dado o exemplo da distinção entre mercado interno e global senão no sentido mais estreito de “interno” e “externo”. O autor considera esse fato como o abalo do tripé da soberania, tendo sido a parte econômica a mais afetada. Dessa