Fichamento do texto: graham s. l. ‘’ caetana diz não’’ in: caetana diz não: histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira. são paulo: companhia das letras, 2005

1460 palavras 6 páginas
Fichamento do texto: Graham S. L. ‘’ Caetana diz não’’ In: Caetana diz não: Histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira. São Paulo: Companhia das letras, 2005

O livro conta a história de duas mulheres que viveram no período da escravidão na região rural das províncias de São Paulo e Rio de Janeiro do século XIX. O que as duas histórias têm em comum é o questionamento em relação às regras da sociedade da época onde o homem era quem ocupava os postos de comando e assim sendo tomavam as decisões.
A primeira história é a de uma jovem escrava de 17 anos, Caetana. Ela fora obrigada por seu dono através de ameaças a se casar, mesmo contra sua vontade, com outro escravo da fazenda em que vivia chamado Custódio. Porém ao se casar Caetana se recusa a consumar o matrimonio e foge para a casa grande sendo abrigada pelo senhor, que acaba lhe ajudando a pedir a anulação do casamento.
O patriarcado perturbado: Tanto, Tolosa, quanto, Alexandre, tio e padrinho de Caetana, queriam que ela se casasse. Se Caetana não o fizesse, estaria indo contra as regras de dominação e o patriarcado estaria deste modo, ’’ ameaçado’’. Por mais que o poder masculino estivesse sendo questionado, Alexandre insistia no casamento de sua sobrinha não só por medo da ameaça ao patriarcado, mas principalmente porque assim obedecia Tolosa, seu proprietário. O tio de Caetana, sendo um dos escravos privilegiados pelo senhor, não poderia ousar tomar o lado da sobrinha em detrimento daquele a quem ele devia obediência.
P 23-27
Cenários:
Através de documentos como o inventário que citava os bens de Tolosa, Graham procura descrever como era o cenário em que essa história se passou. E como foi a história desse fazendeiro. A história se passa na década de 1830 na fazenda Rio Claro, localizada em Santo Antonio de Paraibuna, onde se cultivavam principalmente café, mas havia também plantações de milho, feijão e arroz. Essa propriedade pertencia não só a família de Tolosa, mas metade dela

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