Fichamento "Cinema Brasileiro Contemporâneo", ORICCHIO, Luiz Zanin

839 palavras 4 páginas
No texto “Cinema Brasileiro Contemporâneo”, Luiz Zanin Oricchio faz uma análise crítica da situação das produções audiovisuais contemporâneas no Brasil, de sua estética, propósitos, e contexto histórico. Para isso, Oricchio define um marco para o início do que pode ser considerada a era “contemporânea” do cinema brasileiro, e faz uma detalhada recapitulação do progresso do cinema desde esta época, relatando as características e evolução da estética de suas principais obras através do tempo. Oricchio considera um ciclo que teve começo logo após o término do governo de Fernando Collor como o marco inicial do cinema brasileiro contemporâneo: A “retomada” do cinema brasileiro. Visando forçar a aplicação de princípios capitalistas de mercado livre sobre a produção audiovisual brasileira, Collor desativou o financiamento estatal de obras cinematográficas no país. Como conseqüência, porém, a produção audiovisual caiu drasticamente, ficando quase paralisada. Pouquíssimos filmes eram produzidos por ano, e para muitos se tornara difícil se sustentar apenas com empregos na área cinematográfica. Após o termino do governo de Collor, seu vice, Itamar Franco, assumiu as rédeas do país. Sob seu governo foram aplicadas medidas emergenciais de incentivo à produção de cinema no Brasil, e assim começou a “retomada”. Uma sátira de um período da história brasileira, “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, se tornou um filme representante do período de retomada cinematográfica do país. Mesmo com baixo orçamento, vendeu mais de um milhão de ingressos por conseguir alcançar uma produção profissional e de qualidade com os recursos limitados a sua disposição e por apelar a um tipo de humor forte no gosto brasileiro: a paródia. Aos poucos a produção cinematográfica brasileira foi novamente crescendo e se estabilizando. Oricchio explica que uma característica marcante da produção audiovisual brasileira é a falta de efetividade na comunicação entre o cinema e seu público: não existem

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