FICHAMENTO 01
CRISTIANO QUEIROZ DA SILVA
FICHAMENTO DO TEXTO: “Uma Abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia”.
Prof. Dr. Kabengele Munanga (USP).
Trabalho apresentado como requisito parcial para avaliação do componente curricular Desigualdades Sociais e Raciais, ministrado pela Prof.ª Ivana Muricy no curso de Gestão Pública da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
CACHOEIRA – BA
2015
Inicialmente torna-se interessante a busca pela história da conceitualização de raça, que etimologicamente significa sorte, categoria, espécie, nos levando a afirmar que, de acordo com a maioria dos conceitos, o de raça tem seu campo semântico e uma dimensão temporal e especial, onde, latim medieval, o conceito de raça designava descendência, linhagem, um grupo de pessoas com ancestral em comum. A palavra raça foi usada pela primeira vez em 1684, quando o francês François Bernier empregou o termo raça para classificar a diversidade humana em grupos fisicamente contrastados, denominada raças, respectivamente a isto, entre os séculos XVI e XVII o conceito de raça passa a atuar nas relações entre classes sociais. Transportado da Botânica e da Zoologia, o conceito de “raças puras” vem para legitimar as relações de dominação e de sujeição entre classes sociais, nobreza e plebe, sem que houvesse diferenças notáveis entre os indivíduos pertencentes a ambas as classes. Mais adiante com a conquista da América e das Índias colocou em evidência os conceitos de humanidade até então estabelecidos, buscando saber quem era aqueles que viviam nas novas terras e divergiam da população européia? Os ameríndios, negros, melanésios eram humanos ou apenas animais? Há principio, os critérios teológicos foram usados para justificar a superioridade “branca” extraída dos textos bíblicos, sendo o teocentrismo um passado, dando espaço ao etnocentrismo, onde argumentos de ordem biológica