Fichamencidadania no brasil

Fichamento de Citação
Júlia Cristiane Carvalho de Souza

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, 2002.

Primeiros passos (1822-1930)
O peso do passado (1500-1822)
“A história da colonização é conhecida. Lembro apenas alguns pontos que julgo pertinentes para a discussão. O primeiro deles tem a ver com o fato e que o futuro país nasceu da conquista de povos seminômades, na idade de pedra polida, por europeus detentores de tecnologia muito mais avançada (...). O segundo tem a ver com o fato de que a conquista teve conotação comercial. A colonização foi um empreendimento do governo colonial aliado a particulares...” (p. 18)

“O fator mais negativo para a cidadania foi a escravidão. Os escravos começaram a ser importados na segunda metade do século XVI. A importação continuou ininterrupta até 1850, 28 anos após a independência (...). O Estado, os funcionários públicos, as ordens religiosas, os padres, todos eram proprietários de escravos. Era tão grande a força da escravidão que os próprios libertos, uma vez livres adquiriam escravos. A escravidão penetrava em todas as classes, em todos os lugares, em todos os desvão da sociedade: a sociedade colonial era escravista de alto a baixo.” (p. 19-20)

“A situação da cidadania na Colônia pode ser resumida nas palavras atribuídas por Frei Vicente do Salvador (...), teria dito o bispo: ‘verdadeiramente que nesta terra andam as coisas trocadas, porque toda ela não é republica, sendo-o cada casa. ’ Não havia república no Brasil, isto é, não havia sociedade política; não havia ‘repúblicos‘, isto é, não havia cidadãos. Os direitos civis beneficiavam a poucos... ” (p. 23-24)

1822: Os direitos políticos saem na frente

“A independência não introduziu mudança radical no panorama descrito. Por um lado, a herança colonial era por demais negativas; por outro, o processo de independência envolveu conflitos muito limitados. Em comparação com os